sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lilypad, A cidade flutuante

As alterações climáticas deste século e a consequente previsão da subida do nível do mar irão provocar milhares de desalojados. No entanto, o arquitecto belga Vincent Callebaut diz ter encontrado a solução para contornar este problema: uma cidade flutuante. Auto-suficiente e ecológica, Lilypad combina uma rede de infra-estruturas semelhante à vida terrestre, recriando espaços urbanos em plena sintonia com o oceano.
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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

Todos os anos, milhares de pessoas em todo o Mundo são afectados pelo clima, ficando desalojadas depois de perderem as suas casas. Os habitantes das zonas costeiras são as maiores vitimas em épocas de tempestades ou cheias. Segundo a ONU, o nível do mar deverá subir cerca de um metro durante o século XXI. Isto fará com que, em 2100, o número de refugiados aumente devido às inundações. Países como os Estados Unidos, China, Egipto, Vietname ou Bahamas verão várias das suas cidades desaparecer.

O arquitecto belga Vincent Callebaut apresentou um projecto que diz ser a solução para realojar estes habitantes: uma cidade flutuante. Esta funcionaria de forma semelhante à vida nas cidades terrestres, mas sobre o oceano – e sendo auto-sustentável, (re)aproveitaria as energias e os resíduos produzidos.

Uma unidade urbana no mar

Chamada Lilypad, a sua construção foi inspirada num nenúfar gigante descoberto na Amazónia por Thaddeaus Haenke, no início do século XIX. O botânico alemão baptizou-o de Vitória régia, em homenagem à rainha Vitória de Inglaterra.
Vincent ampliou a forma desta espécie natural duzentas e cinquenta vezes, projectando assim uma unidade urbana com capacidade para 50.000 pessoas. O seu objectivo passava por criar um sistema harmonioso entre homem e natureza, bem como explorar novos modos de vida, integrando o mar em espaços sociais e colectivos. Segundo o arquitecto, Lilypad proporcionará também a proximidade entre cidadãos, num eco polis que combina todas as infra-estruturas necessárias à sua sobrevivência.

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

A cidade do futuro?

Por ser flutuante e auto-suficiente, a cidade poderá estar em qualquer mar e até mesmo ser multiplicada. A sua estrutura centra-se num lago, a partir do qual estão organizadas as três grandes áreas: a zona de trabalho, a de lazer e a dos serviços. Cada uma delas terá uma marina e uma montanha artificial. Os barcos da marina serão a ligação entre Lilypad e o continente. Já as montanhas, uma paisagem saudosa da vida terrestre.

Um conjunto de vias unirá não só as montanhas, como dará acesso às habitações e jardins suspensos construídos igualmente na perspectiva “ondulante” da cidade. Vincent refere que Lilypad será fabricada com fibras de poliéster, cobertas por camadas de dióxido de titânio. Não emitirá gases poluentes e a energia necessária para consumo será produzida de maneira eco-sustentável: o lago central terá água doce recolhida das chuvas, e um reservatório natural com água potável; a energia será fornecida apenas pelas renováveis, como a das marés, eólica e solar. Para além disso, os resíduos e desperdícios dos habitantes seriam reciclados.

Para o arquitecto, “Lilypad é uma antecipação da literatura de Júlio Verne, mas também uma alternativa possível em perfeita simiose com os ciclos da natureza.” Dentro de noventa anos, talvez esta cidade anfíbia seja o refúgio e a solução para uma resposta rápida às vítimas das alterações climáticas do globo.

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".

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© Vincent Callebaut, "Lilypad".


Fonte: obviousmag.org

domingo, 23 de outubro de 2011

O prato azul-pombinho - Cora Coralina



Era um prato sozinho, último remanescente, sobrevivente,
sobra mesmo, de uma coleção,
de um aparelho antigo de 92 peças,
Isto contava, com emoção, minha bisavó, que Deus haja.

Era um prato original, muito grande, fora de tamanho,
um tanto oval.
Prato de centro, de antigas mesas senhoriais
de família numerosa
de festas de casamento e dias de batizado.
Pesado. Com duas asas por onde segurar.
Prato de bom-bocado e de mães-bentas.
De fios-de-ovos.
De receita dobrada, de grandes pudins,
recendendo a cravo, nadando em calda.

Era, na verdade, um enlevo.
Tinha seus desenhos em miniaturas delicadas:
todo azul-forte, em fundo claro num meio-relevo.
Galhadas de árvores e flores, estilizadas.
Um templo enfeitado de lanternas.
Figuras rotundas de entremez.
Uma ilha.Um quiosque rendilhado.
Um braço de mar.
Um pagode e um palácio chinês.
Uma ponte.
Um barco com sua coberta de seda.
Pombos sobrevoando.

Minha bisavó traduzia com sentimento sem igual,
a lenda oriental estampada no fundo daquele prato.
Eu era toda ouvidos,
aquela estória da princesinha Luí, lá da China
- muito longe de Goiás -
que tinha fugido num quiosque muito lindo
com aquele a quem queria,
enquanto o velho mandarim - seu pai -
concertava, com outro mandarim de nobre casta,
detalhes complicados e cerimoniosos
de seu casamento com um príncipe todo-poderosos, chamado Lí.
Então, o velho mandarim, que aparecia também no prato,
de rabicho e de quimono,
com gestos de espavento e cercado de aparato,
decretou que os criados do palácio
incendiassem o quiosque
onde se encontravam os fugitivos namorados.

E lá estavam no fundo do prato,
- oh, encanto da minha meninice! - pintadinhos de azul,
uns atrás dos outros - atravessando a ponte,
com seus chapeuzinhos de bateia
e suas japoninhas largas,
cinco miniaturas de chinês.
Cada qual com sua tocha acesa
- na pintura - para por fogo no quiosque
- da pintura.

Mas ao largo do mar alto
balouçava um barco altivo
com sua coberta de prata,
levando longe o casal fugitivo.

Havia um pombo com argolinha no pé,
e ali, uma mensagem da boa ama,
dando aviso a sua princesa e dama,
da vingança do velho mandarim.

Os namorados, então, na calada da noite,
passaram sorrateiros para o barco,
driblando o velho, como se diz hoje.
E era aquele barco que balouçava no mar alto da velha China,
no fundo do prato.

Eu era curiosa para saber o final da estória.
Mas o resto, por muito que pedisse, não contava a minha bisavó.
Dizia ela - o resto não estava no prato nem constava do relato.
Do resto, ela não sabia.
E dava o ponto final recomendado.
“- Cuidado com este prato!
É o último de 92.”

Devo dizer, que esses 92 não foram do meu tempo.
Os outros - quebrados, sumidos, roubados
- traziam outros recados, outras legendas.

Do meu tempo só foi mesmo aquele último
que, em raros dias de cerimônia ou festas do Divino,
figurava na mesa em grande pompa,
carregado de doces secos, variados, muito finos,
encimados por uma coroa alvacenta e macia
de cocadas-de-fita.

Às vezes ia de empréstimo à casa da boa tia Nhorita.
E era certo no centro de mesa
de aniversário, com sua montanha de empadas, bem tostadas.
No dia seguinte voltava, conduzido por um portador
que era sempre o preto de valor Abdênago,
de alta e mútua confiança.
Voltava com muito-obrigados e, melhor - cheinho de doces e salgados.
Tornava a relíquia para o relicário
que no caso era um grande e velho armário
alto e bem fechado.

UM DIA...
por azar, sem se saber, sem se esperar,
artes do salta-caminho, partes do capeta,
fora de seu lugar, apareceu quebrado,
feito em pedaços - sim senhor -
o prato azul-pombinho.

Foi um espanto.Um torvelinho. Exclamações. Histeria coletiva.
Um deus-nos-acuda. Um rebuliço.
Quem foi, quem não foi?...

O pessoal da casa se assanhava.
Cada qual jurava por si.
Achava seus bons álibis.
Punia pelos outros.
Se defendia com energia.

Eu, emocionada, vendo o pranto de minha avó,
lembrando só da princesinha Luí -
comecei a chorar,
que chorona sempre fui.

Foi o bastante para ser acusada e apontada
de ter quebrado o prato.
Chorei mais alto, na maior tristeza,
comprometendo qualquer tentativa de defesa.

De nada valeu minha fraca negativa.
Fez-se o levantamento de minha vida pregressa de menina
e a revisão de uns tantos processos arquivados,
tinha já quebrado - em tempos alternados,
três pratos, uma compoteira de estimação,
uma tigela, vários pires e a tampa de uma terrina.

O dito, melhor feito.
Logo se torceu no fuso um cordão de novelão.
Encerado foi. Amarrou-se a ele um caco, de bom jeito,
em forma de meia-lua.
E a modo de colar, foi posto em seu lugar,
isto é, no meu pescoço.
Ainda mais agravada a penalidade:
proibição de chegar na porta da rua.
Era assim, antigamente.

Dizia-se aquele, um castigo atinente,
de ótima procedência. Boa coerência.
Exemplar e de alta moral.

Chorei sozinha minhas mágoas de criança.
Depois, me acostumei com aquilo.

No fim, até brincava com o caco pendurado.

E foi assim que eu guardei no armarinho da memória,
bem guardado, a estória, tão singela,
do prato azul-pombinho.

(Cora Coralina)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Povo sem memória?


AE - Agencia Estado - 02/07/2009
 
Único convidado de honra presente à Cúpula da União Africana, aberta ontem, em Sirte, na Líbia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou os países industrializados pela crise do sistema financeiro e pelo "caráter perverso da ordem internacional". A fala do brasileiro, aplaudida por chefes de Estado e de governo e por líderes tribais africanos, foi sucedida por críticas à imprensa pelo que considerou "preconceito premeditado" por sua proximidade com ditadores da região. O discurso começou com Lula dizendo ao ditador líbio Muammar Kadafi: "Meu amigo, meu irmão e líder".

A participação do presidente na cúpula, que está em sua 13ª edição, foi ressaltada pela ausência dos demais convidados especiais. Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, e Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), cancelaram suas participações, anunciadas como certas pelo cerimonial do evento até a véspera. Outro ausente foi Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, cuja falta não foi justificada publicamente. Ahmadinejad ficaria sentado ao lado de Lula, que por sua vez ficaria ao lado de Kadafi, que está no poder desde 1969, quando assumiu o controle do país em um golpe de Estado aos 27 anos de idade.

Logo de início, o presidente Lula elogiou "a persistência e a visão de ganhos cumulativos que norteia os líderes africanos" e ressaltou que "consolidar a democracia é um processo evolutivo". A partir de então, o presidente deu início a repetidas críticas aos países industrializados. Lula afirmou que "a crise financeira e econômica mundial revela a fragilidade e o caráter perverso da atual ordem internacional" e parafraseou o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, ao sustentar que "o consenso de Washington fracassou".

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Anúncios sexistas


Hoje em dia os publicitários têm muito cuidado ao conceber as suas campanhas. Mas experiências anteriores, com anúncios que ofendiam certas pessoas ou classes sociais, fizeram-nos aprender. Conheça alguns cartazes não muito antigos em que o objeto de humilhação era mais de metade da população mundial: a mulher. Humor de mau gosto...

 Anúncios sexistas
"Quer dizer que uma mulher consegue abri-lo?"


Publicidade enganadora, agressiva ou subliminar são conceitos que nos soam familiares. Efectivamente, não há muitas regras no mundo da publicidade para além dos limites éticos de quem a concebe e promove. Obcecados com as vendas e os lucros, promotores e publicitários não olham a meios para persuadir os consumidores a comprar os seus produtos. Todos temos memória de algumas campanhas chocantes, mas nem por isso menos eficazes. Até há cerca de 20 anos, mais ou menos, era possível ver em várias campanhas mensagens ofensivas para determinadas pessoas ou grupos sociais. Sempre que necessário recorria-se a conteúdos racistas e sexistas onde o objecto humilhado era frequentemente a mulher.

Esta utilização continuada da mulher em tom depreciativo explicava-se, na lógica fria da publicidade, porque o público alvo eram os homens - eram eles que ganhavam o dinheiro e, consequentemente, o gastavam. Eram, pois, os potenciais compradores, mesmo que os produtos se destinassem às mulheres. As situações criadas e os chavões comerciais dos publicitários serviam-se frequentemente do humor (ainda hoje se servem), mas um humor boçal, primitivo e de mau gosto, em que a mulher fazia literalmente de palhaço.

Felizmente hoje em dia já não é assim. Há mais respeito e cuidado com as mensagens publicitárias que se enquadram na linha do "politicamente correcto". Os publicitários e anunciantes aprenderam, dir-nos-ão. Se nos permitem, duvidaremos de tanta bondade. O que aconteceu simplesmente é que aqueles indivíduos e grupos que antes eram ridicularizados se tornaram também potenciais compradores. As mulheres deixaram de ser empregadas domésticas não remuneradas e abraçaram carreiras profissionais. Ganham os seus salários e gastam-nos, não necessariamente no mesmo que os homens. E os publicitários - e publicitárias - sabem-no bem.

 Anúncios sexistas
Toda a mulher tem um problema com a sua figura! 

Os simpáticos fabricantes de lingerie "Spirella" queriam convencer todos os indivíduos do sexo feminino que as suas linhas não eram... hum... ideais (nenhuma mulher gosta de se ver ao espelho, é sabido). Mas eles tinham a solução: não era necessário ir para o ginásio moldar o corpo; bastava vestir uma das suas peças milagrosas!

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O Chef faz tudo excepto cozinhar - é para isso que servem as mulheres! 

Este robô de cozinha da Kenwood podia fazer tudo excepto retirar às mulheres o imenso privilégio de cozinhar. Repare-se no ar feliz do casal (na altura não eram precisos psiquiatras).

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Se o seu marido alguma vez descobre... Que ela anda com outro? Não. Simplesmente que não comprou a nossa marca de café.

 Absolutamente imperdoável.

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Shhh! A mamã está no caminho da guerra! 

E porquê? Porque as lides domésticas a deixaram cansada e irritável. E então estraga o dia (ou a melhor parte dele) aos machos da casa. Mas se ela usasse o sabonete "New Ivory" acalmava os nervos...

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Sopre-lhe o fumo para a cara e ela segui-lo-á a qualquer parte. Concordamos em absoluto: não há nada mais irresistível do que alguém nos soprar o fumo para a cara, é evidente. Já o slogan Mantenha-a no lugar a que pertence nos deixa algumas dúvidas quando à sua eficácia na venda de sapatos para homem.


 Anúncios sexistas
"Se alguma vez partisses as unhas 14 vezes a limpar um forno saberias porque eu quero tanto este que se limpa sozinho." A mensagem deste anúncio era duplamente negativa. Por um lado transmitia a ideia de que a mulher era uma criatura desajeitada e fútil, obcecada com as suas unhas; por outro, de que o seu lugar era na cozinha. Ao afirmar Cuide da sua casa enquanto cuida do seu peso, o segundo anúncio pretendia apenas vender vitaminas. Certo.


 Anúncios sexistas
Quanto mais a mulher trabalha, mais bonita se torna! - desde que seja trabalhar em casa, claro, porque sempre É bom ter uma mulher por casa.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Filhos com Síndrome de Down trazem alegria, não arrependimento, aos pais

Em pesquisa, 8 a cada 10 pais disseram que ter filhos com a Síndrome melhorou suas vidas e 94% dos irmãos se declaram "orgulhosos"
Quando Louise Borke descobriu que seu filho tinha Síndrome de Down, ele tinha apenas alguns dias. A reação dela? “Choque e surpresa, inquietação e ansiedade”, recordou.
Hoje, 22 anos depois, Borke é capaz de avaliar a vida com seu filho, Louis Sciuto, e diz: “Tem sido divertido. Tem seus desafios, não vou negar, mas tem sido divertido. É recompensador e não tenho arrependimentos”.

Borke não está sozinha. Em uma série de pesquisas recém-concluídas, 96% dos pais disseram não se arrepender de ter tido um filho com Síndrome de Down. Para quase 8 a cada 10, a criança melhorou suas vidas, ensinando-os a ter paciência, aceitação e flexibilidade, entre outras coisas.

Os irmãos expressaram visões semelhantes, com 94% se sentindo “orgulhosos” e 88% declarando que o irmão especial os tornou uma “pessoa melhor”. E virtualmente todas as pessoas com Síndrome de Down participantes da pesquisa disseram estar felizes com sua vida e com quem são.


“As vozes que ouvimos expressaram muita satisfação e positividade sobre suas vidas, a despeito de terem grandes desafios”, disse o médico Brian Skotko, coordenador das pesquisas, publicadas na edição de outubro do “American Journal of Medical Genetics”.

Skotko, do Programa de Síndrome de Down no Children’s Hospital Boston, espera que os resultados ajudem famílias a tomar decisões sobre os bebês ainda não nascidos, especialmente agora, que os testes pré-natais se tornam mais abrangentes.

Atualmente, o exame pré-natal para Síndrome de Down envolve risco de aborto e é feito por apenas cerca de 2% das mulheres grávidas. Mas testes novos e virtualmente 100% seguros estão para chegar ao mercado, e Skotko quer garantir que os pais às voltas com esta “complexa, sensível e difícil decisão” tenham informação de qualidade para guiá-los.
Passo à frente
Nos Estados Unidos, é permitido às mulheres optar pelo aborto ao saberem que a criança tem algum problema de saúde. Ninguém sabe exatamente quantas mulheres decidem interromper a gestação ao descobrir que seus filhos terão Síndrome de Down. Mas alguns estudos selecionados sugerem que o número pode ser alto: de 80 a 90%.

“Quando todo mundo tiver a oportunidade de saber, antes do parto e com um simples exame de sangue, quais decisões serão tomadas sobre a gestação? Será que os bebês com a Síndrome irão desaparecer pouco a pouco?”, questionou Skotko. “As pessoas com Síndrome de Down devem falar sobre o que significa ter esta condição”.

Julie Cevallos, vice-presidente de marketing da NDSS, a National Down Syndrome Society (Sociedade Nacional da Síndrome de Down), disse que “esta pesquisa é um grande passo à frente. É particularmente notável que as informações venham direto das famílias, irmãos e das próprias pessoas com a Síndrome”. E acrescentou: “Quanto mais informação, e quanto mais acurada for esta informação, melhor. Há muita informação errada por aí, além de estereótipos”. Cevallos é mãe de Nina, de 2 anos, que tem a Síndrome.
Skotko, membro do conselho da NDSS, tem uma irmã de 32 anos com a Síndrome. “Ela tem uma vida social ativa, mais do que eu jamais tive”.

Quanto a Louis Sciuto, sua mãe, Louise, diz que ele acaba de arrumar um emprego e também leva uma vida socialmente ativa, assistindo aos últimos lançamentos do cinema, praticando esportes e saindo com garotas e outros casais de amigos.

O que ela diria aos pais que descobriram que seus filhos podem ter Síndrome de Down? “Não tenham medo. É diferente, mas não pior. Meu filho tem amigos cujos pais me dizem que seus filhos se tornaram pessoas melhores por conhecerem Louis”.

Fonte: IG

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um soco no peito: campanha antifumo no Canadá ganha novas e fortíssimas imagens

São um soco no peito, feitas mesmo para impressionar as 16 novas imagens que a lei do Canadá, tal qual no Brasil, obriga a imprimir nos maços de cigarro e nas embalagens de todos os produtos do tabaco, como fumo para cachimbo, cigarrilhas e charutos. O Health Canadá, o Ministério da Saúde canadense, inclui nas embalagens mensagens sobre os malefícios da nicotina e dos mais de 5.000 produtos tóxicos presentes na fumaça dos cigarros.
A campanha canadense contém uma inovação: os textos e imagens procuram se aproximar do usuário e do leitor, lançando mão de histórias e rostos de pessoas reais.
Uma das imagens mais comoventes mostra Barb Tarbox, uma mulher que morreu de câncer de pulmão, em seu leito de morte. “Esperamos que sua imagem tenha forte impacto sobre um monte de jovens e isso é realmente o que Barb queria fazer quando autorizou a foto“, disse seu marido, Pat, ao jornal Vancouver Sun.

Veja restante da matéria. Imagens fortes.