sábado, 18 de junho de 2011

Significado de algumas expressões que usamos no dia-a-dia

NAS COXAS
As primeiras telhas dos telhados nas casas do Brasil eram feitas de argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da África. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico, as telhas ficavam todas desiguais devido aos diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: Colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

FICAR A VER NAVIOS
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

O CANTO DO CISNE
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

CUSPIDO E ESCARRADO
É a cara do pai escarrado e cuspido - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa. Correto é: É a cara do pai em Carrara esculpido (Carrara é um tipo de mármore, extraído da cidade de Carrara -Itália).



SALVO PELO GONGO
Surgiu na Europa e fazia referência às pessoas que bebiam vinho em taças de um certo metal que as deixavam derrubadas, como mortas. Muitas pessoas eram enterradas vivas e, foi-se percebendo que elas ficavam com o rosto arranhado, provavelmente porque acordavam do porre e se viam enterradas. Com o tempo, foi colocado um sino ao lado do caixão e por sete dias uma pessoa fazia vigília. Quando a pessoa acordava ela acionava o sino e assim era salva pelo gongo.


ERRO CRASSO
Erro grosseiro.Na Roma antiga havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes triunviratos, tínhamos: Caio Júlio, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros a cair. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um "erro crasso".


LÁGRIMAS DE CROCODILO
Choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu-da-boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.


QUEIMAR PESTANAS
Estudar muito. Esta expressão, usada até hoje, teve origem nos estudantes de Coimbra, que para estudar à noite, acendiam velas, já que não disunham de luz elétrica. Como a luz era fraca, era necessário colocar as pestanas muito perto do texto, o que às vezes provocava o chamuscamento dos pelos pela chama da vela.


FAZER VAQUINHA
Essa expressão tem origem no jogo do bicho e no futebol. Nas décadas de 20 e 30 os jogadores não recebiam salário, então a torcida se juntava e arrecadava dinheiro para comprar um prêmio para os jogadores. Geralmente os prêmios eram associados ao jogo do bicho, por exemplo: quando iam arrecadar cinco mil réis, chamavam a bolada de “cachorro”, pois o número cinco representava o cachorro no jogo do bicho. Como o prêmio máximo do jogo do bicho era vinte e cinco mil réis, e isso representava a vaca, surgiu o termo popular “fazer uma vaquinha”, ou seja, tentar reunir o máximo de dinheiro possível para um fim específico.


MOTORISTA BARBEIRO
A expressão usada para caracterizar maus motoristas teve início por volta do século XIX época em que os barbeiros não só cortavam cabelos como também faziam outros tipos de trabalho, como extraíam dentes e cortavam calos. Já que não eram profissionais, seus serviços deixavam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Este termo veio de Portugal, contudo, a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.


OK!
A expressão inglesa “OK” (okay), mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Durante o conflito, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam em uma placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação. Foi assim que surgiu o famoso “OK”.

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO
Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.

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